Nem um som de gente viva,
Nem os motores zumbiam.
Lá longe um passarinho,
Onde o silêncio se ouvia.
Era apenas melodia
O que por ali acontecia,
Para embalar meu dia,
De tão monótono, entristecia.
Era o pássaro que cantava
sobre a árvore que o acolhia,
Animando quem passava
Na tarde que aparecia.
Arrulhado no seu canto
Desafiando sua amiga
Para encantar o silêncio
Que nesta tarde se fazia.
Em serenata afinada
O mestre em cantoria,
Canta o melro a toada
Todo o seu santo dia.
Cidália Rodrigues
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