sábado, 2 de março de 2019

Manto de neve



Na brancura das árvores
Nasce a poesia

É a pureza luminosa
Quando se abre a janela

É pura a brancura
Das doces flores da primavera

Manto de neve 
que descobre 
as brancas flores
que se estendem
pelos braços esticados
das árvores
quase tristes
mas que resistem
para viverem a Primavera 

02/03/2019

Cidália Rodrigues


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Os aplausos

Quando a luz do palco se apaga
Há silêncio na plateia
esperando-se a longa caminhada
de luz apagada
a voz do palco aclama
a vida que floresce do nada
há  a voz, os passos, as palavras
a vida sem elas não era nada
acende-se a luz 
chovem os aplausos
é a vida do palco 
que dá alma
no percurso
do andar, do fazer
que é a vida 
que se regista
nos aplausos
que nos assistem
que nos dizem
que a vida é o caminho da verdade


Cidália Rodrigues

04022019

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Cerejeira



Cerejeira


Mal nascera o dia
Já se via a magia

Na árvore do meu quintal
Seus ramos guarnecidos
De bolas de cristal

Meus olhos se fixaram
na luz que reluzia
nos ramos que pendiam
água pura luzidia

na manhã nem ventania
nem o sol brilhava ainda
esta era a grande alegria
de tão formoso dia
que mal nascera e já se via
a Grandeza Celestial
na cerejeira do meu quintal


Cidália Rodrigues

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Folhas do meu fado

folhas verdes
verdes folhas
onde guardo o meu pranto
são folhas da saudade
que trago a meu lado
são as folhas do meu fado
da vida que me despertou
que o encanto que me deu
quando para elas olhei
folhas verdes
verdes folhas
folhas verdes da saudade
são todas as folhas
onde registo
a vida que tenho passado



Cidália Rodrigues