quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Água




As nuvens chegaram
Com elas alguma chuva
Água desejada
Para os campos renovarem
Água que dá vida
Trazendo alguma alegria



Cidália Rodrigues

domingo, 27 de agosto de 2017

A dor



Quando a terra é verde e húmida
Há esperança
Há germinação
As sementes geram fruto
Produto afortunado
Tão esperado e tão amado
Para a fome poder matar
Quando há sementes no prato
Que se comem com agrado
Na hora da refeição
Feijão,
Couves e pão,
Laranjas e limão
Cebolas
Nabos
Tudo fruto do trabalho
E do campo bem regado
Quando há água
Na época de verão
Chão seco…
Traz a fome
A dor
Preocupação
para se comer o pão
De barriga vazia
Reina a tristeza
dia a dia





Cidália Rodrigues

Sem perfume

Sem graça
terra de cinza


sem azeite
sem perfume





Sem fruta
Sem sombra

que será da vida
daqueles que lá moram
daqueles
que da terra dependem
do tempero
dos legumes
que fazem parte da sopa
que se come neste mundo


Que futuro 



Cidália Rodrigues

Essências da vida



No ar, na água, na luz (Sol), na terra, encontramos as verdadeiras essências da vida, sem elas nada seriamos. Cuidar delas, reforçando-as, activamos a melhor forma de vida.



Cidália Rodrigues

sábado, 26 de agosto de 2017

O sossego de um novo dia



Chegou a noite
Lá longe a Lua amarelada
Entre Vénus e Marte que brilhavam
No céu as estrelas cintilavam
Era noite, o novo dia chegara
Entre o silêncio o mundo girava
Ouvia o sossego do novo dia
Sem sono, não dormia
À espera do romper de uma nova aurora

26 de Agosto de 2017


Cidália Rodrigues

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Viver cada dia



Viver cada dia como ele se apresenta é viver cada dia com as suas diferenças. Nasce o sol, amanhece, o dia vai acontecendo à medida da vivência de cada momento.

Cidália Rodrigues

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

domingo, 20 de agosto de 2017

Vila da Guia


No pequeno templo da N.ª Sr.ª da Guia, a arte pintada na madeira do tecto, 

espelhada com o seu candelabro.

Relíquias do inicio do séc. XVIII.



Cidália Rodrigues

Tempo das uvas

Já lá vai o dia de S. Lourenço

quem tem videiras

Pode encher o lenço

Uvas maduras

Doces e puras



Cidália Rodrigues

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sem óculos



Sem óculos

Meus olhos já cansados
Num corpo ainda activo
Vêem tudo tremido
Sem óculos não sou nada
Tudo é estranho e sem sentido
Todo o ritmo de uma vida
Se oculta
Numa visão distorcida
Que tristeza é a vida
Quando os olhos já cansados
Pouco avistam à distância
Quer à noite, quer de dia
Se os óculos não usar
É tudo estranho
As letras formam riscos
Desfocados e sem brilho
É como o dia sem luz
Sem sol e alegria


15 de Julho de 2015

Cidália Rodrigues