sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Nª Srª da Guia



399.º ANIVERSÁRIO DA N.ª SR.ª DA GUIA 2019



Historial da Capela e da Imagem da N.ª Sr.ª da Guia




A Imagem de N.ª Sr.ª da Guia que foi mandada esculpir para ser colocada na ermida construída em 1620 no lugar dos Franceses, pelos pobres moradores dos lugares de Outeiro Martinho, Casal da Serra, Seixo e Casal dos Franceses.
Correu fama pelos diversos lugares que a Santa fazia milagres, tendo curado muitos fiéis a quem a Ela se recorria em momentos de aflição.
Em 1678 é edificado um novo templo, onde a mesma Imagem foi colocada.
Em 1718 era concluída a pintura do tecto em madeira, contando com a presença do Reverendo Padre D. João.
Em 1808, a imagem foi queimada pelos Invasores Franceses, que pernoitaram no templo, fazendo dele cavalariça para guardarem os cavalos.
Em 1868 é adquirida uma nova imagem custeada pelas esmolas dos fiéis, angariadas nas missas dominicais e festejos anuais dedicados à Nossa Senhora da Guia.
Os devotos foram crescendo e em 1906 foi construído o coro em madeira, suportado por colunas, que fora colocado sobre o espaço acima do guarda-vento que existia à entrada da porta principal do templo.
Em 1932 fizeram-se obras de remodelação do exterior do templo, construindo-se a torre sineira, mantendo-se os alpendres laterais.
Nos anos setenta do século passado, retirou-se a torre sineira, mantendo-se a fachada original, ficando o sino suspenso numa base de ferro fixa na parede frontal.

(Cidália Rodrigues)




terça-feira, 16 de outubro de 2018

Vento louco




Horas nocturnas

O vento soprava

Danado

Louco

Arrastava telhas

Beirados
empenas no ar

Chaminés

Abanava tudo

Quebrava árvores

Danado o vento

Arrastava a horta

Nas horas mortas

O vento soprava

Danado e louco

Tudo levava
deixara a vida
para contar
como tudo se passara


13/10/2018

Cidália Rodrigues



domingo, 7 de outubro de 2018

Desilusão



Camisa de seda
Facto de linho
Botões de ouro
Menino fino

Peito farto
Olha a gravata
Sapatos limpos
Nada baratos
Tanto aparato
Em mesa farta

Na profissão
O maior ladrão

Na voz decidida
Esquece a medida

Reza o terço
Esquece o berço

Passa o pano
A quem lhe deu pão

Não sabe do pai
Que desilusão
 

Passaram-se os anos
Parece seguro
Menino fino

Sem coração

Cidália Rodrigues

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Horas que passam




As horas passam
Passam as horas
E não voltam

Assim são os dias
Das horas que passam

Deixando a marca
De horas passadas

Não voltam as horas
Muitas que sejam

Abarcam os sonhos
E as canseiras

São horas passadas
Caminho da vida
que nos mostram
que a vida é passageira


Cidália Rodrigues