quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Coisas estranhas



Coisas estranhas
em que  não pensamos
Imagem que damos
Quando caminhamos
Não temos na ideia
A figura que fazemos
Alheios andamos
Ao espelho não nos vemos
Só pela manhã quando lavamos a cara
Olhamos, vemo-nos mas não fazemos a ideia do que parecemos
Caminhamos,
 de braços esticados,
Ancas balançando,
Não imaginando a figura que mostramos
Contentes ou tristes vamos andando
Olhamos para tudo ou para nada
Sem reparamos as figuras que mostramos
O espelho não nos mostra a figura que fazemos
Vemos os que passam
Que nos olham
Vemos que nos veem
Mas não fazemos a ideia do que mostramos
Arqueados, achatados, erguidos
De olhos espantados
Por vezes pasmados
Distraídos
Não imaginamos como somos vistos
Rotos, vestidos
Em fatos coloridos
Distraídos, embutidos
Dentro de nós
Convencidos
Andamos sem sabermos a figura que mostramos


Cidália Rodrigues

Quando a vida nos ensina



Quando a vida nos ensina, somos duros como as rochas, mas tornamo-nos mais compreensivos, mais vivos e activos. Não perdemos a graça, ficamos mais polidos, mais luminosos. É esta a verdade da vida.



Cidália Rodrigues

domingo, 24 de setembro de 2017

Vila da Guia - Momentos das manifestações culturais



Vila da Guia

Foi nas passadas da história em que se registaram as vivências das pessoas que por aqui passaram ao longo de muitos anos. O que se imortalizou, foi o que ficou na cultura, na música.
Nos anos vinte do séc. passado o registo que nos ficou das gentes de bom gosto. A Tuna de violinos, nada mais voltou com este agrado. Dançavam e cantavam ao som dos acordes do som que toava das cordas.



 


Um século depois, (2000) tudo voltava com uma personalidade diferente. O Coro Polifónico, multifacetado, cantando Nabuco, Casta Diva e outros magníficos acordes des vozes, aqui aparece-nos a Maestrina Larissa Babenko como dirigente, soberbos momentos

Cidália Rodrigues

Poesia veio à cozinha




Poesia veio à cozinha
Quando a panela fervia
Perfume adocicado
Sabor a rebuçado
Canela, açúcar, grainhas
Sementes de uvas madurinhas
Nesta transformação
Vem o néctar para se comer com o pão

sábado, 23 de setembro de 2017

Meus olhos



Meus olhos se dilatam
Quando olham
Ao olhar o horizonte
Tudo é grande, Maior
Esta é a diferença
Da minha indolência
Para tudo o que é menor
É esta a minha grandeza
Olho a Natureza
Que me deixa feliz
pela sua Grande Beleza
 
 



Cidália Rodrigues