domingo, 27 de maio de 2018

Agostinho da Silva - "Mestre é o homem..."



“Mestre é o homem que não manda; aconselha e canaliza, apazigua e abranda, não é a palavra que incendeia, é a palavra que faz renascer o canto alegre do pastor depois da tempestade, não interessa vencer, nem ficar em boa posição; tornar alguém melhor – eis todo o seu programa; para si mesmo, a dádiva contínua, a humildade e o amor ao próximo”

In Livro de 1988 - Editora -Assírio e Alvin – Considerações e outros textos – (pág 43) – de Agostinho da Silva

sábado, 26 de maio de 2018

Quem de amor



Do amor
Queixume e lume

Quem de amor
Amou um dia
Enquanto o coração ardia
Amou, amou

O ciúme em dor sofreu
Todo o amor se olvidou

Do amor
Queixume e lume

Quem de amor
Amou um dia
Enquanto o coração ardia
Amou, amou

Quem de amor
Amou um dia
Sentiu a febre de um só dia



Cidália Rodrigues


terça-feira, 22 de maio de 2018

Esse encontro perfeito



Esse encontro perfeito

Que se encontra no Universo

Que em verso

Se produz

Esse encontro com a luz

Paraíso quase perfeito

Lugar calmo e grandioso

Iluminando-nos a alma

Trazendo-nos a calma

Tão preciosa

Nesta trajectória

Em que caminhamos sobre a Terra




Cidália Rodrigues

sábado, 19 de maio de 2018

Perfume de rosas





Perfume de rosas
De rosas amadas
São puras as rosas
As rosas puras
Que perfumam o coração
São rubras as rosas
Rubra adoração
Das rosas que perfumam o coração



 


 Cidália Rodrigues

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Encostado ao seu cajado



Encostado ao seu cajado
Via as cabras mastigando
O que havia além prado

Era o pastor aviado
Que guardava o seu gado
Com o cão a seu lado

Olhava o céu estrelado
Era já noite, noite clara
Ainda não tinha visto a ceia

Mas aguardava em sua calma
O manjar já granjeado

O gado lentamente comia
A erva rasteira

Os cabritinhos atrevidos
à barriga de sua mãe se encostavam
Puxando pelo teto à procura de alimento

Depois da barriga cheia
Os cabritinhos e suas mães
Os chibos também
Seguiam uns atrás dos outros
Pela rua fora
Sem pressa, sem demora

Seguiam pelo caminho
Que os levava ao seu abrigo


O pastor aviado
De cajado na mão
Com o cão a seu lado
Meu torto meu cansado
Olhava para todo o lado
Contando todo o gado
Não andasse algum extraviado


Era hora de cear
Era hora de descansar






Cidália Rodrigues