sábado, 2 de setembro de 2017

Uma mão cheia do nada



Uma mão cheia do nada

É o que levamos quando partimos

Só o que fica registado

Em palavras, em livros

Que abrimos antes de partirmos

Nos deixam a suavidade

O jeito sóbrio e alegre

Do prazer de quando se escreve

Palavras de animo leve

Leituras frugais

Que nos alimentaram

Nos dias sombrios

Nos dias de frio

Que nos acalentaram

Que nos fizeram sonhar

Elevando o pensamento

E a mente

Sentindo-nos seres diferentes

Com brilho intenso no olhar

E de mãos tão leves

Erguemos o olhar

Para um novo mundo estrelar


Cidália Rodrigues

1 comentário:

  1. Pegadas deixamos que as ondas do mar apagam
    Mas que ficam em canções do vento...

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