sábado, 30 de julho de 2016

A máquina da generosidade



Passei por esta Terra a que chamam Mundo
Sem inventar nada que fosse relevante.
Quando cá cheguei já estava tudo ou quase tudo inventado.
Havia apenas a Liberdade que se encontrava fechada
Mas alguém abriu a porta.
Depois de mim vieram muitos mais
Já estava tudo formado:
Universidades para o povo,
Máquinas voadoras,
Computadores que levavam informação
A qualquer parte do mundo.
Já não havia muito por descobrir ou inventar
A máquina facilitadora,
Fábrica de infelicidade
Inventada para a necessidade de não fazer nada.
Mas ainda não se inventou a máquina da generosidade.



Cidália Rodrigues

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