sábado, 9 de abril de 2016

Não sei



Não sei…

Não sei o que sou… Se
Pássaro cheio de frio, se
Jardim sem flores, se
Água agitada dum Mar ou rio sem fundo
Enfim,
Não sei o que sou… se
A certeza existiu, se
A alegria se perdeu na noite de breu
A amargura, a frieza
Fez de mim um pássaro perdido.
Neste ritmo infinito do insucesso da Vida
Complicação desmedida
Que o vento arrasta até à eternidade.
Não sei …
Não sei o que sou,
Se complexo de carne e sangue
Que rega meu corpo.
Não sei…
Se sou uma amálgama perdida
Não sei, se o Sol me aquece ou se me gela
Já não sei, se sou pedra
Se folha cadente
Se estrela do Céu
Muito sinceramente, NÃO SEI!




 Cidália Rodrigues



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