sábado, 6 de agosto de 2016

Lembranças



Lembranças.
Oh!  Que lembranças.
Dos tempos das minhas tranças
E das brincadeiras
Quando estava à lareira
Nas noites de invernia
Construções que eu fazia
Dos restos da madeira
Que de seguida
Eram queimadas
E que me aqueciam
E então sonhava,
Sonhava que um dia
Faria uma moradia
Daquelas que produzia
Lembranças
São só lembranças
Dos dias em que chovia
Da chuva que corria
Pelas valetas como rios
E os barcos de cartão que fazia
Que seguiam pela corrente
Levando-me a viajar
Por esses longínquos lugares
Que pela Terra havia
Lembranças
Só lembranças
Das brincadeiras
Dos sonhos
Das construções
Que já lá vá o tempo
Em que tudo fazia
E que o sonho me levava
A ver o Mundo infinito que tanto admirava


Cidália Rodrigues

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