Encostado ao seu cajado
Via as cabras mastigando
O que havia além prado
Era o pastor aviado
Que guardava o seu gado
Com o cão a seu lado
Olhava o céu estrelado
Era já noite, noite clara
Ainda não tinha visto a ceia
Mas aguardava em sua calma
O manjar já granjeado
O gado lentamente comia
A erva rasteira
Os cabritinhos atrevidos
à barriga de sua mãe se encostavam
Puxando pelo teto à procura de alimento
Depois da barriga cheia
Os cabritinhos e suas mães
Os chibos também
Seguiam uns atrás dos outros
Pela rua fora
Sem pressa, sem demora
Seguiam pelo caminho
Que os levava ao seu abrigo
O pastor aviado
De cajado na mão
Com o cão a seu lado
Meu torto meu cansado
Olhava para todo o lado
Contando todo o gado
Não andasse algum extraviado
Era hora de cear
Era hora de descansar
Cidália Rodrigues
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