VILA DA GUIA
15 anos de Vila (Julho de 2003 – Julho de 2018)
Era uma vez…pelas terras da Guia
Repto que segui
Para contar uma história
Que poderia ter começado assim…
Caso tivesse nascido por magia.
Mas, naturalmente não terá sido.
A minha imaginação leva-me a um começo diferente.
A “bota” que representa a área
geográfica da freguesia da Guia (Vila da Guia), leva-me para um mundo de reis e
vassalos, de guerras e batalhas, de viajantes e emigrantes, de marquês e
aventureiros, que desbravaram os mares, os baldios e colinas, na procura de
encontrarem, riqueza, talvez um tesouro escondido em tempos muitos antigos, de
romanos ou mouros ou ainda de homens que do norte da Europa vieram.
A “bota” representada no mapa geográfico terá
sido desenhada para ser habitada.
Quem teriam sido os primeiros
aventureiros que aqui se fixaram?
Reis, nobres, condes, homens e
mulheres, pobres, escravos, estrangeiros. Um mar de gente de que não conheço o
rosto. Mas, os que foram, aqui deixaram o gosto. Passaram-se muitos anos e o
que aqui ficou foi um marco de fé, escritos em latim, documentos preciosos que
relatam toda a história que começou mais ou menos assim:
Um dia uma comunidade de Franceses
decidiu-se fixar no lugar que hoje chamamos Guia, esse dia terá sido à 680
anos. Por falta de documentação não é possível precisar a data, mas, naquela
época fixaram-se em Portugal muitas comunidades e os franceses da região da
Bretanha, também constam como comunidades que se fixaram em Portugal.
Num documento antigo, que às minhas
apareceu, data de 1620, relata que, no lugar dos Franceses cercado pelo Seixo,
Casal da Serra e Outeiro Martinho, foi erguida uma pequena ermida, cujas
paredes foram erigidas com blocos de terra amassada e secos ao sol, construídos
pelos pobres residentes e os mesmos mandaram construir uma escultura em pedra onde
foi esculpida de uma pequena imagem a que se lhe deu o nome de Nossa Senhora da
Guia.
Esse marco histórico, foi mais
tarde reedificado e sobre ele reconstruído um sumptuoso templo para acolher a
referida Imagem.
Aquele marco histórico veio
promover o crescimento populacional até finais do século XIX.
A construção da linha ferra do
oeste e a edificação de uma estação de paragem, contribuiu para a instalação de
uma pequena fabriqueta de vidros muito rudimentar.
Em 1903 era criada por escritura
pública a “Leal e Companhia” fábrica de vidros, que viria a dar mais tarde nome
à Covina em Santa Iria da Azoia em Lisboa.
Seguindo-se a implementação de
diversas de serrações de madeiras, movidas a carvão, que ampliaram e promoveram
o desenvolvimento da economia da região. O motor do sustento de muitas famílias
das mais diversas aldeias da região num raio de 20 Km.
Estes factores propiciaram o
crescimento urbano da Guia, não esquecendo também a equidistância de 26Km das
cidades de Leiria e Figueira da Foz.
Cidália Rodrigues
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