terça-feira, 15 de agosto de 2017

Sem óculos



Sem óculos

Meus olhos já cansados
Num corpo ainda activo
Vêem tudo tremido
Sem óculos não sou nada
Tudo é estranho e sem sentido
Todo o ritmo de uma vida
Se oculta
Numa visão distorcida
Que tristeza é a vida
Quando os olhos já cansados
Pouco avistam à distância
Quer à noite, quer de dia
Se os óculos não usar
É tudo estranho
As letras formam riscos
Desfocados e sem brilho
É como o dia sem luz
Sem sol e alegria


15 de Julho de 2015

Cidália Rodrigues

2 comentários:

  1. Olá, Cidália!

    Encontrei comentários seus no blogue do Geraldo, "Uma voz de Betim" e decidi vir visitar o seu espaço e ler o seu "Acerca de mim". É escritora e encontrou na escrita a forma, mais linda, de ser feliz. Muito bem! Como eu a compreendo! Ama a sua terra, que não sei onde fica. As minhas desculpas. Eu vivo na parte Norte de Lisboa.

    Este seu poema está tão bem feito, qto natural. Há pessoas, que usam óculos há mto tempo, por problemas visuais, e sem eles parece que o mundo está distorcido, mal focado. Isso acontece-me ao perto, mas qdo estou em férias, raramente os ponho, todavia apra escrever e ler, já me são muito precisos.

    Que viva a luz, a intensidade, o brilho e a visibilidade, que esse simples objeto nos dá.

    Beijinho e resto de bom feriado.

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  2. Olá Cidália
    Realmente, tem cego que enxerga melhor do que nós que usamos óculos.

    Um abraço, paz e bem

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