Abril 2017
Entrei no mundo da poesia
Quando li a primeira lengalenga
Parecia coisa de léria
Mas falava coisa séria
Para uma criança aprender
Que há muitas formas de escrever
E com elas aprender
Que a vida é para valer
O quanto me admirei
Quando verifiquei
Que a poesia tem deslumbramento
Foi num certo momento
Quando a tristeza me invadiu
Que descobri
Que a poesia me faz bem
Senti o chamamento
Entreguei-me ao encanto
Quando estou em desalento
Escrever é o meu alimento
Elevo a minha voz
Ao mais profundo do meu ser
Ali encontro a minha paz
A paz que o mundo quer
Mas não sabe como aprouver
A minha alma fica serena
Clara e liberta
A palavra é coisa certa
Quando usada com suavidade
Traz longevidade
Alegria e dignidade
A poesia tem cor
Que se reflecte como o arco-íris
Tudo depende da hora
Dos dias da minha atenção
À voz do chamamento da emoção
Trazendo-me à visão
O sentido dos sentidos
Que se vêem na observação
Das sombras e cores da Natureza
Mãe de toda a dureza
E da pureza também
Se não fosse por minha mãe
Muita poesia não teria escrito
Agora tenho um diário bonito
Com poesia com cor
Onde falo da tristeza
Do amor e alegria
Do gosto e do desgosto
Tudo o que me apareceu no rosto
Esse diário tem luz
Claridade e pureza
Um dia virá a saudade
Dos dias da criação
Na poesia cresci
Como uma criança sem pão
Um dia talvez venha a razão
Serei então a poetisa
Que eternizou
Os dias grandes e pequenos
Ricos e pobres
E por muito que o diário seja enorme
Será um livro que não dorme
Cidália Rodrigues
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