segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Sabor da vida
Sabor da vida
A vida tem sabor não só pelo que se come o que se bebe. Mas em tudo o que se dá para se saborear, o amor, o afecto, o carinho, amizade, as boas palavras, os exemplos que se seguem e ainda o valor, na estima, no conforto que se dá aos outros e que nos reforça, na coragem, na dádiva. Tudo isto é pouco, mas o sabor é reconfortante e vibrante, transmite a força, a coragem, a alegria e a vontade de viver.
Cidália Rodrigues
sábado, 29 de outubro de 2016
Colar de pérolas
Tronco envolto em cogumelos
às centenas
um colar de pérolas
que dão voltas e mais voltas
ornamentando o tronco com tons dourados
são as preciosidades
que nascem na terra
dando vida e cor
à vida que na terra vive
Cidália Rodrigues
Origem
Minha origem
Minha coragem
Minha rocha
Minha fortaleza
Que me amparou na corrida
Desde o tempo de menina
Minha força
Minha imagem
Minha mãe
Hoje tão lembrada
E por todos tão amada
Minha confirmação
Minha adoração
Minha mãe
Tua solidez
Só a raiz
De quem te fez
Pôde produzir
Um ser
Tão idoso
Tão resistente
Por isso és rocha
És coragem
És fortaleza
És mar
És sol
És origem
de vários seres
Cidália Rodrigues
Música do vento
Ouvi a música do vento
Quando ele abriu a porta
Vinha suave, quente e leve
Ouvi-o …
Entendi a harmonia que trazia
No seu gesto de alegria
Só o vento me oferecia
A calma para o presente dia
Cidália Rodrigues
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
Palavras
O homem vem esquecendo quem passa por ele a seu lado. Só se lembra de alguém quando vai mal.
Só quer é etiqueta, andar de carro ou de mota, o resto nada importa.
Cidália Rodrigues
Só quer é etiqueta, andar de carro ou de mota, o resto nada importa.
Cidália Rodrigues
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Nas pedras
Das pedras também há vida
Em flor com tons bem coloridos
Onde as abelhas sorvem o néctar
Que te dão a comer como mel
Cidália Rodrigues
Hera
Sobe a hera ligeira
Vem da raiz da ameixoeira
Sobe o tronco já velho
Carcomido pelo tempo
Sobe, sobe lentamente
À procura do sol quente
Vou vendo a hera subir
Ao canto estridente
Da acriançada a sorrir
Mesmo com chuva ou com sol
Lá vem também o caracol
Com seu passo mais lento
Ausento-me por certo tempo
Para escutar um som mais fino
Olho e vou procurando
De ramo em ramo
Ali vejo escondido
Plumas trigueiras e alaranjadas
E logo vou reconhecendo
O som que gosto tanto
Era o pequeno rouxinol
Que se encontrava encolhido à espreita do sol
Cidália Rodrigues
terça-feira, 25 de outubro de 2016
domingo, 23 de outubro de 2016
Pó na cabeleira
Vivo a realidade
Na minha simplicidade
Com responsabilidade
Não vivo de ganâncias
Nem de grandes errâncias
Não sou amiga do supérfluo
Muito menos da abundância
Não dou valor a matéria
Porque tudo isso é miséria
Até me chamam de pobre
Mas isso não me incomoda
É que não sou pessoa de moda
Se assim fosse era uma pessoa vaidosa
Antes quero ser como sou e ser pessoa bondosa
Porque dá mais um pobre
Do que pessoa faustosa
Muitos andam aflitos
Berram e falam aos gritos
Discutem à frente dos filhos
Gerando grandes sarilhos
Vivem na superficialidade
Fogem da realidade
A vida é para eles, uma só vaidade
Vivem alheios a tudo, convencidos de grandes glórias
Mas a vida não é só vitórias
Tudo passa ligeiramente
Quando a realidade vem à ideia
Só vêem pó na cabeleira
Cidália Rodrigues
Subscrever:
Mensagens (Atom)